quarta-feira, 18 de junho de 2008

Forno Solar

Neste sábado, dia 21 de Junho de 2008, convidamos a todos para se juntar ao LERHA na visita à casa do fotógrafo (e ambientalista por convicção) José Albano.

Lá, faremos uma oficina de Forno Solar.











José Albano é também o idealizador do projeto Luz do Sol, que tem como missão difundir o Forno Solar e mostrar a todos como confeccioná-lo, bem como explicar suas vantagens.










Nas palavras de José Albano:

Além da economia de gás butano, carvão ou lenha, a grande vantagem do uso do forno solar é a economia de tempo: uma vez colocadas as panelas dentro do forno, ao sol, entre 8 e 9 horas da manhã, não é preciso mexer, adicionar água ou controlar o tempo para não queimar. Com isso, é possível sair de casa ou se ocupar com outros afazeres até a hora do almoço, quando tudo estará cozido e quente, pronto para a mesa!












E nem é preciso ter sol pleno: num dia parcialmente nublado, é possível usar com sucesso o Forno
Solar, desde que o sol brilhe por pelo menos 20 minutos em cada hora.












É possível cozinhar tudo no Forno Solar: arroz, feijão, verduras, carne, frango, peixe, batatas, pães, bolos etc. A única coisa que não é possível fazer é fritura.



-- E neste sábado, o Lerha vai justamente aprender como se faz um Forno Solar!

E, mais que isso, ainda almoçaremos com o José Albano - e vale lembrar: um almoço inteiramente feito no Forno Solar!!

Quer se juntar à nós?

É só se encontrar conosco neste sábado, dia 21/06, às 7h30 da manhã, no estacionamento do Bloco "D" da Unifor.

Apareça por lá!

Lembramos que as vagas são limitadas e que há uma pequena taxa pelo custo da Oficina.

Qualquer dúvida, nos mande um e-mail!
lerhaunifor@gmail.com









TEXTO 'O QUE É UM FORNO SOLAR' DE JOSÉ ALBANO
clique na imagem para ampliar








~~ Quer mais notícias boas?


O Projeto Luz do Sol, do José Albano, disponilizou ao LERHA sua cartilha em que conta passo a passo, de forma bem didática e envolvente, COMO FAZER UM FORNO SOLAR!

Está interessado?

O José Albano diz:

Essa cartilha está isenta de direitos autorais: pode piratear à vontade! O nosso planeta agradece!


Então pode baixar à vontade!!
[Todas as figuras utilizadas neste post foram retiradas da Cartilha do Projeto Luz do Sol]

Disponibilizamos a cartilha de como fazer um Forno Solar em dois sites de arquivos.

É só fazer o download!

MediaFire-CartilhaFornoSolar-JoseAlbano

ou

RapidShrare-CartilhaFornoSolar-JoseAlbano

Lembramos que esse arquivo se mantém ativo para download desde que seja sempre usado. Por isso, faça o download quantas vezes quiser! Se o link se mostrar defeituoso, entre em contato conosco ou com o próprio José Albano.

LERHA: lerhaunifor@gmail.com

JOSÉ ALBANO: jalbanobr@yahoo.com.br














segunda-feira, 16 de junho de 2008

Google Ecológico

Cada vez mais (graças, graças!) usa-se a internet para criar ferramentas de incentivo a práticas ecológicas. Isso gera desde espaços para manifestações (como abaixo assinados e sites de discussões), a espaços eletrônicos que a cada uso ou a cada click do mouse, criam verbas para ações pró-ambiente no mundo real.

O maior gigante da internet, o site de pesquisas Google, também entrou nessa para a alegria de todos nós!





Com 8 em cada 10 pessoas sendo usuárias do Google (e crescendo mais e mais a cada instante) , ele lançou recentemente o ECOOGLER, ou Google Ecológico.







Na verdade, o Ecoogler, um buscador qu
e utiliza a plataforma Google, é igual ao Google, mas quando você faz uma busca através desse portal, você ajuda o planeta.




A cada busca feita, uma "folha" é contabilizada.
E a cada 10 mil folhas, uma árvore é plantada (de verdad
e) na Floresta Amazônica.






A iniciativa é da ONG suíca "Aquaverde", e com essa idéia já plantou até agora mais de 1.800 árvores. Então, por que você também não passa a usar o Ecoogler?






Nós do LERHA, assim como muitos pesquisadores da Psicologia Ambiental, fizemos o seguinte: colocamos o Ecoogler como página principal em noss
os computadores e, antes de seguirmos adiante para os sites que geralmente usamos, fazemos uma pesquisa no Ecoogler. Assim, diariamente podemos contribuir com a plantação de novas árvores.

É importante incentivar o uso da ferramenta entre os brasileiros também por outro motivo: o Ecoogler ainda só disponibiliza pesquisas em Espanhol, Inglês, Italiano e Francês. Com o uso crescente de brasileiros, o Google terá todo interesse de adicionar o
Português ao Ecoogler e mais usuários poderão beneficiar a natureza!

Então, vamos lá!
Use o Ecoogler todos os dias!




sábado, 14 de junho de 2008

Exemplo de Atitude

Discute-se muito que o mundo de hoje é escasso em heróis, em líderes.

No entanto, nós do
Lerha acreditamos que esses heróis existem sim, e estão por aí ao nosso redor, realizando pequenos e grandes gestos, plantando suas sementes e fazendo toda a diferença!

Recentemente, a história de uma personalidade dessas veio à tona: a ex-Ministra do Meio Ambiente
Marina Silva. Em uma entrevista à Carta Capital, ela mostra de que é feita a filosofia de um ambientalista:




- Data da entrevista: 16/05/2008 -



" Marina Silva saiu do governo para criar um fato novo que fizesse a agenda ambiental do governo andar, depois de “muitos gestos” em que mostrou inconformidade, sem sucesso. Foi o que ela disse durante esta entrevista exclusiva em sua casa, em Brasília. Afirmou se sentir orgulhosa da atuação diante da pasta e se mostrou satisfeita com a nomeação de Carlos Minc, de quem foi aprendiz, como seu substituto.

“Se é uma honra para um mestre deixar um pupilo no lugar, é uma grande honra que, quando o pupilo saia, para substituí-lo seja preciso reco
rrer ao mestre”, avaliou. Segundo a ex-ministra, seria “reducionismo” atribuir sua demissão à indicação, pelo presidente Lula, de Mangabeira Unger ao cargo de coordenador do Plano da Amazônia Sustentável (PAS).

CartaCapital: Como a senhora está se sentindo, aliviada?
Marina Silva:
Tranqüila.

CC: Tira um peso das costas deixar o governo depois de tantos embates?
MS:
Olha, minha vida sempre foi feita de embates. Não posso dizer que é um peso fazer o que a gente acredita. Quando se faz as coisas com convi
cção, mesmo com dificuldades elas não são pesadas.

CC: A senhora falou que não sai se sentindo derrotada.
MS:
Não foi exatamente assim. Falei que derrota e vitória são algo que se afirma no tempo. Olhando para a história, derrotados são aqueles que botaram Mandela na cadeia, que vilipendiaram Martin Luther King, que assassinaram Gandhi. Derrotados eticamente, humanamente, porque estavam na contramão da vida. Tudo que está a favor da vida é constitutivo da vitória, mesmo que não seja agora.

CC: Em que sua gestão avançou?
MS:
O sistema se fortaleceu, o combate às práticas ilegais avançou. Havia verdadeiras quadrilhas atuando na Amazônia. O trabalho que a Polícia Federal fez, o doutor Paulo Lacerda, termos levado à cadeia 600 pessoas. Saímos de uma média de cerca de 140 operações do Ibama por ano para mais de 300 operações. Antes não se tinha um trabalho integrado com a Polícia Federal, com o Incra, com o Exército. Não havia um plano de combate ao desmatamento. Com ele, conseguimos uma redução de 59% nos últimos quatro anos. Aplicamos 4 bilhões em multas, desconstituímos 1,5 mil empresas criminosas, inibimos 66 mil propriedades de grilagem, criamos 24 milhões de hectares de unidades de conservação.

CC: Então sente orgulho de sua atuação?
MS:
Sim, porque é um trabalho em co-autoria. É muito prazeroso ter a autoria de alguma coisa, mas é mais prazeroso ser co-autor porque, mesmo se não puder continuar, alguém irá. Esse foi um trabalho de co-autoria com minha equipe, com a sociedade, com a comunidade científica, formadores de opinião. Ninguém consegue desmontar 1,5 mil empresas e ficar de pé sem a sustentação política que a opinião pública está dando.

CC: Uma crítica feita à senhora era que se guiaria mais por critérios ideológicos do que técnicos...
MS:
Mudar a turbina da hidrelétrica do Madeira
de uma convencional para uma de bulbo, que diminuiu o lago em oito vezes, não é ideológico. É um avanço técnico. Por que vamos fazer um lago maior, com impacto ambiental negativo para os ecossistemas, para a saúde das pessoas, se temos tecnologia para fazer diferente? Por que vamos deixar de preservar as espécies de peixes fundamentais para a alimentação da Amazônia – e mesmo que fosse só pelo valor ontológico –, se temos tecnologia e conhecimento para isso? Se podemos fazer certo, por que vamos fazer equivocadamente? O custo de fazer errado sempre será maior do que fazer certo, mesmo que financeiramente possa até ser um pouco mais caro e usar um pouco mais de tempo. Ganhamos tempo e economizamos depois, ao não ter de corrigir o erro.

CC: Sai com a sensação de que poderia ter feito mais?
MS:
Se eu achasse que já tinha feito tudo, com certeza me aposentaria agora, porque já tenho 50 anos. Sempre vai ter de fazer mais. Os que me antecederam fizeram muito, o que esteve a seu alcance. Eu fiz uma parte.

CC: O que estava a seu alcance, também?
MS:
Sim. Não individualmente, mas das circunst
âncias que tive de enfrentar durante o tempo que fiquei.

CC: A impressão que dá é que a senhora desistiu.
MS:
Desistir seria continuar sem poder fazer. A vitória não é algo que a gente meça por aquilo que fez com as próprias mãos, mas como parte da solução. Nesse momento, sinto que parte da solução é sair, ir para o Senado.


CC: Para os brasileiros, ficou como se a senhora estivesse lá, dando murro em ponta de faca, e uma hora falou: “Chega”.
MS:
Dar murro em ponta de faca eu dei minha vida toda. E quem disse que vai ser fácil no Senado? Estou batalhando para aprovar uma lei de acesso à biodiversidade há quase 16 anos. Há quase 12 tento aprovar um fundo de desenvolvimen
to sustentável. Muda o endereço, mas não muda o grau de empenho e dificuldade.

CC: No Senado, a senhora pretende fazer oposição à política ambiental do governo?
MS:
Eu não fazia oposição nem na época do Fernando Henrique. Dava apoio às políticas corretas e boas do ministro Sarney Filho e do ministro José Carlos Carvalho, quanto mais as do Minc. Aprendi o bê-á-bá do ambientalismo com o Minc, co
m o Gabeira, o Fabio Feldman, o Alfredo Sirkis. Isso no tempo que a gente ouviu a palavra ecologia pela primeira vez, alguém perguntou para o Chico Mendes e ele disse, de brincadeira: “Sei lá, deve ser alguma coisa de comer...” Então, se é uma honra para um mestre deixar um pupilo no seu lugar, é uma grande honra que, quando o pupilo saia, para substituí-lo seja preciso recorrer ao mestre.

CC: Como fica a sua relação com o governo?
MS:
Uma relação de interação madura, de respeito, porque não sou do tipo que faz oposição por oposição. Quando o presidente FHC propôs a CPMF e o ministro Adib Jatene fez um debate conosco, me convenci de que deveria votar a favor
e votei. Durante 30 anos ajudei a construir o governo Lula, a chegar a esse projeto. Estou saindo para contribuir, para criar um novo momento.

CC: Mas os jornais já davam como perda para o governo a saída do seu suplente Sibá Machado, pelo fato de a senhora ser mais independente...
MS:
E quem disse que a independência não é uma coisa boa?

CC: A senhora tem uma preocupação histórica. Não teme que sua saída seja explicada apenas por não aceitar que Mangabeira Unger tenha sido nomeado coordenador do PAS?

MS: Seria um reducionismo falar isso. As pessoas que conhecem meu trabalho sabem que fui eu quem sugeriu que o plano de combate ao desmatamento fosse coordenado, lá atrás, pelo ministro José Dirceu. De sorte que não se pode reduzir isso a uma pessoa. Não seria justo com o doutor Mangabeira, que foi nomeado recentemente. Ainda nem tive tempo de conhecer seu trabalho dentro do governo.


CC: Ele está preparado para assumir esse cargo?
MS:
Não tenho elementos para julgar nem seria elegante da minha parte.

CC: O presidente Lula disse que a senhora era a “mãe do PAS”, mas preferiu dar o bebê para uma babá cuidar...
MS:
Eu não qualificaria assim, mas poderia dizer que me evoca a história do rei Salomão. Então, prefiro ver a criança viva, no colo do ministro Minc,
que vai ter uma grande responsabilidade em relação a tudo isso. Espero que ele e o avô (Lula) possam cuidar muito bem. E cuidar bem significa não haver retrocesso em relação às conquistas fantásticas que tivemos até aqui.

CC: A senhora falou que tem uma amizade com o Lula de 30 anos, mais ou menos o mesmo tempo que ele tem de casado com dona Marisa. Por que não o procurou pessoalmente para se demitir, preferiu mandar uma carta?
MS:
Existem várias maneiras de se comunicar alg
o a alguém. Uma poderia ter sido a fala. Mas muitas vezes quando os ministros vão dizer ‘olha, estou pensando em sair’, passa a idéia de que estão querendo criar algum tipo de chantagem, pedir algum tipo de afago. Você sabe quando a sua contribuição é o gesto, e eu fiz muitos gestos. Na questão dos transgênicos, na questão da hidrelétrica do Madeira, da transposição do São Francisco. Agora, quando o desmatamento aumentou, fiz vários gestos. Nesse momento, o que me restou foi o ato. E o ato se concretizou na carta.

CC: Ou seja, a senhora sai por inconformidade com a paralisação da agenda ambiental.
MS:
Não sei se era inconformidade, mas meu compromisso é que a agenda ande. No meu entendimento, se eu permanecesse ela pararia de
andar. Espero profundamente que com este ato se criem novos fatos. Já é um fato o presidente Lula ter dito que a agenda não vai mudar. O outro fato é podermos ver em que vai ampliar. "



Link para a entrevista: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=938