terça-feira, 23 de março de 2010


La importancia del agua. por ○  I'm very gringo comunist !.

Mais de 17 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. Apesar do déficit, o principal desafio do país é a qualidade e não a quantidade, avalia o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Varella, no Dia Mundial da Água, comemorado hoje (22) pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A questão da quantidade tem sido mais bem enfrentada. Mesmo no Semiárido, hoje os problemas estão sendo resolvidos, com grandes canais, grandes açudes. No Sul e Sudeste, a questão da qualidade sempre apareceu como o grande problema e no Nordeste começa a preocupar. Os açudes começam a eutrofizar [quando plantas aquáticas crescem excessivamente, comprometendo o uso da água] um pouco mais, começam a ter problemas”, aponta.

Levantamento da agência realizado em mais de 2 mil pontos de monitoramento em 17 unidades da Federação revela resultado ótimo em apenas 9% dos pontos. Cerca de 70% têm Índice de Qualidade da Água (IQA) considerado bom; 14%, razoável; 5%, ruim; e 2%, péssimo.

O IQA considera níveis de coliformes fecais, temperatura, resíduos e outros aspectos. “Junto das grandes metrópoles, onde há gente demais, mesmo onde tem água, a situação fica complicada. É preciso ter investimentos e uma gestão muito adequada ”, avalia o diretor.

Entre as áreas críticas estão a Bacia do Alto Tietê (SP), o Rio São Francisco e o Rio das Velhas (MG) e as bacias dos rios Jaguaribe, Cuiá, Cabocó, Mussure (PB).

Além do IQA, o monitoramento da agência mede a qualidade de água pelo Índice de Estado Trófico (IET) e pela estimativa da capacidade de assimilação das cargas de esgotos.

O diretor da ANA calcula que sejam necessários cerca de R$ 20 bilhões para investir na proteção dos mananciais que abastecem os centros urbanos.

“É um esforço possível de ser atingido até num prazo de tempo relativamente curto. Não é a ANA que vai fazer isso, repassamos as informações aos executores. Mas acredito que o país hoje tenha condições de enfrentar cifras dessa natureza. E muito disso já está sendo executado.”

Para o diretor da agência, a gestão de águas no Brasil – que tem 12% do potencial hídrico do planeta – deveria ter metas e prazos mais claros para acelerar a melhoria no acesso e a conservação dos mananciais.

“É preciso ter metas institucionais: em x anos, é preciso que todos os estados tenham seus conselhos [para a gestão dos recursos hídricos] ou em tantos anos temos que chegar a determinado percentual de abastecimento. A lei não precisa ser mudada para isso. O que é necessário é um grande pacto federativo.”

Varella também defende mais mobilização da sociedade em favor da conservação e do uso consciente da água. “Os grandes gerentes da água somos nós mesmos. Se todos nos colocarmos como espectadores, não há lei, não há gestão que resolva. Temos que nos transformar em atores e agir no dia a dia, com mais economia na hora de tomar banho, de lavar o carro”, sugere.

-

*Via AgênciaBrasil. Foto: Flickr (UrbanXart).

Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/03/desafio-e-garantir-a-qualidade-da-agua-avalia-diretor-da-ana/

segunda-feira, 15 de março de 2010

Câmara aprova projeto para resíduos sólidos

A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, projeto de lei do Senado que cria o marco regulatório para os resíduos sólidos.
O projeto dispõe sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a destinação final dos resíduos de serviços de saúde, incluindo os resíduos sólidos e o lixo hospitalar. O projeto, de origem do Senado Federal, foi apresentado em 1991 e tramita no Congresso há 19 anos.
O projeto estabelece a identificação dos limites de atuação da legislação federal no setor de resíduos sólidos. A proposta também identifica as responsabilidades dos diversos setores pelos resíduos sólidos gerados pela indústria, comércio e saúde, enter outros segmentos, incluindo a elaboração e implementação de planos de gerenciamento desses resíduos.
O texto aprovado também cria um vínculo explícito do plano de gerenciamento dos resíduos ao licenciamento ambiental. Reconhece o papel dos catadores de lixo, além de definir o papel da União e dos estados na gestão destes resíduos.
O projeto dos deputados agora vai retornar ao Senado para ser votado novamente. Ele torna obrigatória a implantação de um local próprio para os produtos como agrotóxicos, pneus, pilhas, baterias e outros produtos.
A proposta também prevê incentivos fiscais para as pessoas jurídicas que atuam na área de reciclagem e para a pessoa jurídica que presta serviços de aterro sanitário e industrial.

*Via Info.

FONTE: http://blog.eco4planet.com/2010/03/camara-aprova-projeto-para-residuos-solidos/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desmatamento: Caatinga perdeu 2% de território em seis anos

Por: Guilherme Costa

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou nesta terça-feira, 2 de março, que foram desmatados 16.576 quilômetros quadrados na Caatinga no período que compreende os anos de 2002 a 2008 - valor equivalente a 2% do território do bioma.
Mapeada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a área é de 826.411 quilômetros quadrados, dos quais 45,39% não existem mais, por conta da devastação.
As informações foram produzidas pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Ibama, sob a coordenação da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.
Minc considerou o número muito alto. “Podemos dizer que equivale proporcionalmente à área desmatada na Amazônia se considerarmos que a Amazônia é cinco vezes maior que a Caatinga”, comparou.
Os estados que mais desmataram foram a Bahia e o Ceará. Juntos, eles desmataram quase 9 mil quilômetros quadrados em seis anos.
Apresentados em evento realizado em Brasília, os dados serão fundamentais para orientar o Plano de Controle do Desmatamento da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, e que concentra 60% das áreas suscetíveis à desertificação no Brasil.

*Via EcoDesenvolvimento.

FONTE: http://blog.eco4planet.com/2010/03/desmatamento-caatinga-perdeu-2-de-territorio-em-seis-anos/