quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E se meu filho for ciclista?

Seguindo o modelo criado em Copenhague, uma escola no Brasil resolve inovar e inserir a bicicleta em seu currículo. A transformação de Copenhague em uma das cidades mais “bike-friendly” do mundo não foi acidental. 

De fato, nas décadas de 1950 e 1960, os carros invadiram suas ruas e para inverter a tendência de planejamento urbano foi necessária a educação da sociedade. A chave neste processo foi a de incluir bicicletas no currículo escolar dinamarquês para que as crianças pudessem aprender como se mover no trânsito de forma responsável e começar a andar em uma idade adiantada. 

A boa notícia é que essa prática chegou agora também ao Brasil. A cidade de São Paulo lançou recentemente o programa Escolas de Bicicleta, que pretende transformar as crianças em ciclistas urbanos.


O programa é focado em crianças de 0-14 anos de idade, e acontece nos 45 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade. Numa primeira fase, cada um dos locais recebeu 100 bicicletas de bambu para ensinar as crianças todos os aspectos da cultura do ciclismo e também para implementar jogos e atividades dentro da escola. Os pequenos aprendem sobre trânsito, transporte sustentável, tipos de bicicletas, mecânica básica, história da bicicleta, educação ambiental e até mesmo a mediação de conflitos.


Em uma segunda fase, as crianças começam a pedalar para a escola todos os dias, em um comboio de 15 a 25 alunos com os supervisores escoltando eles. A viagem nunca é superior a três quilômetros e as rotas são planejadas para serem as mais seguras possíveis. De acordo com um comunicado de imprensa da cidade de São Paulo, os supervisores recebem instrução sobre leis, regras de trânsito, primeiros socorros e mecânica de bicicletas.


O primeiro grupo de “formados” do curso começou a ir para a escola de bicicleta, em junho, e estima-se que até dezembro deste ano serão 4,6 mil crianças que terão sido submetidas a este curso especial.O projeto é muito importante para a cidade, que em junho teve o pior congestionamento de tráfego na história: 295 km de carros lentos em movimento. Além disso, o trânsito de São Paulo tornou a cidade uma líder mundial em helicópteros registados: 593, superando Nova York e Tóquio.


A renovação nesta cultura  da utilização pesada de carros com certeza vai exigir uma mudança em muitas áreas, mas começar na escola é um excelente passo: as crianças costumam atuar como transmissores para os seus pais, e são os cidadãos do futuro.



Qual é a sua opinião?

Site Original: bit.ly/PIyIH4

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alternativas para o dia Mundial Sem Carro

Selecionamos algumas boas alternativas pra você que pretende vestir essa camisa:
1. Diminuir os deslocamentos (principalmente no dia);
2. Busque outras formas de mobilidade: ande à pé, de bike, de transporte coletivo, de metrô, etc...
3. Mobilize-se em torno de carona!
4. Utilize carros menores e menos poluentes;
5. Evite, quando possível, os horários de pico;
6. Faça a manutenção periódica do carro para minimizar desperdícios;
7. Organize passeios ciclísticos;
8. Converse com familiares, colegas e amigos sobre o assunto;
9. Mobilize-se também nas redes sociais;
10. Organize debates sobre a questão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dia Mundial sem carro (22 de Setembro)

O Dia Mundial sem carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20 e, desde então, vem se espalhando pelo mundo, ganhando mais adeptos a cada edição nos cinco continentes. Mas, você deve estar se perguntando, o que vem a ser esse dia e qual a importância dele para a conjuntura da sociedade atual? 

O Dia Mundial sem carro (DIA MUNDIAL SEM CARRO) é uma espécie de reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intensivo de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis, dentre os quais, se destaca a bicicleta. Na Europa, a semana toda é recheada de atividades que se chamam "Semama Europeia da Mobilidade" (16 a 22 de Setembro). Já no Brasil, a cidade de São Paulo e Belo Horizonte são as percussoras da Semana e vem realizando atividades como a Bicicletada desde 2003.

Mas qual o problema em utilizar o carro?



O uso do automóvel por si só, não parece um grande problema, mas para entender melhor o real cenário, é preciso afastar-se da visão individual e analisar todo o conjunto. Nós do LERHA recomendamos o documentário "Sociedade do Automóvel" que analisa e alerta para os problemas que o uso abusivo do automóvel trazem e continuarão a trazer para as próximas gerações se não revertermos esse quadro. 

Ao longo do último século, nossas cidades foram adaptadas para atender prioritariamente ao carro, não às pessoas que nelas vivem. Investiu-se muito mais no uso individual do automóvel do que em soluções de transporte de massa. À medida que as cidades e o país cresciam, deu-se ênfase em possibilitar a venda massificada de automóveis (com incentivos contínuos das montadoras) e à criação de infraestrutura para que esses carros rodassem.

Nessa política, cada cidadão deveria resolver por sua conta o “seu” problema de mobilidade. O carro se tornava cada vez mais sinônimo de liberdade de ir e vir, símbolo de beleza e status financeiro, quando na realidade não é sinônimo de liberdade de deslocamento, mas a alternativa que restou. Para mover “massas” de pessoas, deveria haver mais opções de transporte “de massa”.

As ferrovias foram desmanteladas ao longo do século e as hidrovias não saíram do papel. As rodovias se espalharam por todo país, até no coração da floresta amazônica, levando o desmatamento e a poluição no porta-malas. As ruas, avenidas, pontes e túneis, supostamente criados para atender à demanda, foram estimulando essa demanda, criando um círculo difícil de quebrar: cada vez mais carros ocupando a estrutura criada e pedindo sempre mais espaço, exponencialmente.

As cidades deixaram de ter caminhos por onde as pessoas e os rios passavam para ter caminhos para “chegar rápido de carro”. Atravessar as ruas sem uma armadura de uma tonelada se tornou, cada vez mais, uma aventura perigosa. As cidades passaram a ser dos carros.

Os malefícios causados pelo uso do carro são evidentes: poluição atmosférica e sonora, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo em congestionamentos, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas. Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.

NOSSA! E O QUE EU POSSO FAZER?!

O dia 22 de setembro é uma oportunidade para que as pessoas experimentem vivenciar a cidade de outra forma. Transporte público, bicicleta e mesmo a caminhada são alternativas saudáveis e cidadãs, que contribuem com o meio ambiente, com a sua saúde e até com a locomoção daqueles que realmente necessitam utilizar o carro, sobretudo em situações especiais de mobilidade (melhor idade, gestantes, transporte de crianças pequenas, portadores de necessidades especiais, etc). 

Até a carona solidária (Caso você seja aluno da Unifor, clique aqui), combinada com um colega de escritório que more perto da sua casa, já ajuda bastante. Se você utiliza o carro no dia-a-dia, faça um desafio a si mesmo no próximo 22 de Setembro e descubra se você é capaz de passar um único dia no ano sem seu carro. 

E SEM O CARRO:

A bicicleta é um excelente meio de transporte, sobretudo para pequenas distâncias. Leva seu condutor de porta a porta, permite a prática de atividade física, tem custo baixíssimo e evita engarrafamentos

O LERHA está com uma programação especial para a Semana da Mobilidade que se realizará na Unifor nos dias 17 a 22 de Setembro, acompanhe o nosso blog e fique por dentro das palestras, debates e intervenções que rolarão pelo campus e em Fortaleza em prol do Dia Mundial sem Carro. Participe! A cidade, o planeta e nossas crianças agradecem